Crescendo na Fé Através da Amizade e Prestação de Contas

Texto: João 15.15

Estes dois últimos domingos, falamos acerca do discipulado como a dinâmica mais importante para o crescimento saudável de um cristão. Com o que deve se parecer um relacionamento de discipulado? Quais elementos essenciais nesse processo? As respostas a essas questões devem nortear a maneira como vamos nos relacionar no discipulado.

1. Formando um forte vínculo de amizade – o discipulado é um relacionamento de paternidade espiritual, mas essa paternidade se manifesta muito mais por uma relação de amizade do que de autoridade. Um discipulador não deve nem de longe pensar que ele pode manipular, controlar a vida de seu discípulo; como já ressaltamos em nossas últimas mensagens, o nosso ensino é caracterizado pelo exemplo, por modelo de vida, muito mais do que palavras. Amizade não é algo que se conquista de uma hora para outra, é preciso caminhar juntos, comer juntos, até que os vínculos estejam fortes o suficiente para suportar pressões.

2. Uma amizade sincera é aquela que permite ao outro interferir na sua visão de mundo e da vida. Diga-me com quem andas e te direi quem és, diz o pensador. Em Pv. 13.20 vemos esse pensamento em destaque. Também é uma via de mão dupla, uma relação de troca, de dar e receber(I Tess. 2.8, João 15.13).

3. É aquela que verdadeiramente se importa com o que acontece com o outro. É muito mais que uma relação religiosa, de alto grau de exigência e de pouco interesse pelo indivíduo, mas, sobretudo, de preocupação sincera com o estado do outro em todos os aspectos (Gálatas 6.2).

4. Isso culminará numa relação de transparência e prestação de contas. Para isso é preciso romper com o medo da rejeição, de que o outro vai se afastar quando vir as minhas fraquezas. No entanto o que normalmente acontece é que quando abrimos nossa vida geramos empatia e atraímos mais do que repelimos. Atraímos simpatia, cuidado, oração, e movimento de socorro quando clamamos por isso. Devemos gerar um ambiente de aceitação incondicional e amor, isso independente do modo como a pessoa se encontrar.

5. A prestação de contas é essencial – Gênesis 4.9 – é um relacionamento de responsabilidade mútua e isso gera maturidade. Também deverá ser um relacionamento de sacrifícios, há um preço a ser pago, não há discipulado de graça. Cada discípulo deve compreender a contrapartida exigida dele na caminhada, ou de outra forma o discipulador será desestimulado de continuar. Por outro lado o discipulador deve entender que esse relacionamento não deve servir de muleta ao ferido, mas de guia, de norteador ao caminhante. O discipulador NÃO É UM SOLUCIONADOR DE PROBLEMAS! Mas um amigo que estende a mão! Isso NÃO significa passar por cima das fraquezas do discípulo. Haverá a necessidade da honestidade no relacionamento: Dizer a verdade EM AMOR, ser honesto, com respeito, sem ofender, com a segurança de que o discípulo sabe que você o ama e é por isso que é capaz de falar abertamente sobre suas qualidades e defeitos.

Conclusão: Amigos de verdade, andam juntos, se preocupam e cuidam uns dos outros. Amigos de verdade são capazes de dar a vida uns pelos outros, jamais abandonam o ferido, jamais deixam o barco no meio da tempestade. Que Deus nos ajude a construir relacionamentos tão fortes assim.

Deus o abençoe rica e abundantemente!

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