Crente, o Fermento de Deus!

Texto: Mateus 13.33

Introdução

Jesus Cristo não precisou de muitas palavras para falar a respeito do Reino do Céu. Esta parábola está contida em apenas um versículo, mas, nela, Jesus tem coisas profundas para nos ensinar. Jesus sempre se utilizou do lúdico para facilitar a compreensão dos seus ensinos. Nessa parábola Ele usa dois elementos bem conhecidos: o fermento e a farinha.

O interessante é que o fermento, que sempre foi utilizado como símbolo do que era inadequado, incorreto, como veremos a seguir, aqui ele é utilizado como instrumento de uma ação ou efeito positivo.

1. O fermento como símbolo do mal.

a) Em Mateus 16.6, 11, 12, Jesus fala do fermento dos fariseus e dos saduceus, ou seja, de suas influências e más condutas advindas de suas práticas religiosas.

b) Em Marcos 8.15, Jesus fala do fermento de Herodes, advertindo os seus discípulos das atitudes ardilosas com que agia o Rei Herodes.

2. O Fermento como símbolo do bem representa o EVANGELHO.

Aqui o fermento representa o Evangelho e a sua ação transformadora na vida das pessoas e, por consequência, na sociedade (Rm. 1.16-17).

O fermento é um elemento indispensável na culinária das massas. Enquanto sozinho não serve pra nada, todavia, quando misturado com a farinha lhe concede leveza e suavidade, fazendo surgir pratos e doces deliciosos, satisfazendo os mais variados e exigentes gostos de todos os povos.

3. A Farinha representa o MUNDO, A HUMANIDADE.

A farinha representa a humanidade, as pessoas que devem ser alcançadas e transformadas pelo poder do evangelho (Rm. 1.16).

Assim como o fermento é indispensável para dar leveza às massas, assim também, o Evangelho é indispensável para a transformação do coração do homem; de um coração perverso (Gl. 5.19-21), em um coração cheio de amor, graça e bondade (Gl. 5.22).

Assim como o fermento sozinho não serve para ser consumido e não pode produzir os seus benefícios, a não ser que esteja misturado com a farinha, assim, também, o Evangelho precisa estar no coração do crente e o crente precisa estar misturado com a farinha, as pessoas, a sociedade, para poder operar as transformações necessárias no coração do homem, na vida da sociedade.

4. Uma medida de FERMENTO e três medidas de FARINHA?

Nunca devemos nos sentir desencorajados na obra Evangelizadora em virtude do desequilíbrio quantitativo entre os crentes e os incrédulos. Embora caminhemos para sermos muitos, milhões de milhões, milhares de milhares, jamais devemos esquecer que a nossa força está no EVANGELHO e não no tamanho do nosso exército. Lembre-se de que, ainda que o fermento fosse apenas uma medida, ele leveda toda a massa.

Conclusão

A Igreja, quanto instrumento de transformação da sociedade, por meio de sua ação Evangelizadora não foi instituída por Deus para existir à margem da sociedade. O crente não pode viver isolado no seu mundo ou em guetos evangélicos. O crente, como bom fermento de Deus, encharcado do EVANGELHO, deve se misturar com a massa humana até que ela seja contaminada, transformada, influenciada pelo EVANGELHO que está em você e sendo praticado, vivido por você.

Não se deixe intimidar pelo fato de você estar sozinho, como crente, na sua família, no seu trabalho, na sua rua, no seu bairro ou na sua cidade. Se você vive o EVANGELHO de Cristo, mais cedo ou mais tarde a massa vai ser levedada e as transformações vão aparecer.

Que Deus lhe abençoe.

Pr. Lopes